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Bússola

Bússola

Só quando os atletas adquiriram um conhecimento aprofundado sobre a Orientação mapa/terreno‚ é que deveremos introduzir a técnica de navegação por azimutes como meio auxiliar que possibilita mais segurança e melhor prestação na realização de percursos.
Realização de percursos a azimute em direcção a referências lineares
Na aprendizagem desta etapa deveremos descrever o funcionamento da bússola, a técnica de determinar e seguir a direcção determinada pelos azimutes (técnica 1-2-3), bem como os riscos desta técnica de Orientação e a forma de prevenir enganos (Aiming-off).

ESCOLHER UM PONTO DE ATAQUE
Ao pretendermos realizar um posto de controlo situado num elemento afastado de referências lineares devemos optar por escolher primeiro um elemento mais fácil para qual nos dirigimos e só depois procuramos o ponto propriamente dito.
Procurar Primeiro os Elementos de Maior Dimensão
Os elementos de maior dimensão são mais evidentes e muito mais fáceis de localizar. Primeiro procuramos os elementos de maior dimensão e depois os menores.
Utilizar pontos de referência óbvios na proximidade do itinerário.
Muitas vezes os pontos de controlo estão situados afastados do itinerário que seguimos e não nos é possível encontrar um ponto de ataque na sua proximidade. Nesta situação devemos procurar também os pontos de ataque situados no lado oposto ao pontos.
ORIENTAÇÃO DETALHADA
Áreas com Pouco Detalhe ou Vários Elementos Idênticos
Nestas situações devemos optar por realizar uma progressão cuidada recorrendo à bússola para progredir em azimute, realizar uma leitura detalhada do mapa e eventualmente contar passos para uma correcta determinação da distância percorrida.
Áreas com Relevo Muito Detalhado
As zonas de relevo muito detalhado e pouco evidente exigem uma deslocação mais lenta, uma leitura cuidada do mapa e a contagem de passos.
Pontos em Encostas
Nos pontos de controlo situados em encostas devemos optar por fazer o ataque por cima onde é possível visualizar melhor o ponto de controlo e também possibilita que o praticante chegue mais "descansado" ao ponto, para que seja mais fácil realizar uma nova opção.

RELOCALIZAÇÃO
Quando nos "perdemos" temos necessidade de voltar a encontrar nosso "caminho" ou seja alguma informação que nos permita localizarmo-nos no mapa. Nesta situação uma memorização do itinerário já realizado permite-nos encontrar uma referência que ajuda-nos a relocalizarmo-nos. Caso não seja possível a relocalização na zona em que nos apercebemos que estamos enganados, devemos regressar para trás até conseguirmos encontrar uma referência que no permita a relocalização.
PLANEAR O ITINERÁRIO
Para Onde Vou?
Planear os pontos de controlo de forma inversa. Ver primeiro qual a melhor aproximação ao ponto de controlo, depois escolher um ponto de ataque.
Por Onde Vou?
O objectivo é escolher um bom itinerário para o ponto de ataque que segue boas referências lineares ou outros elementos evidentes para que seja possível realizar uma deslocação segura e rápida. Evitar opções em "zig-zag" que aumentam muito a distância a percorrer.
Como Vou?
Após escolher o itinerário posso então escolher a técnica a utilizar em cada zona do itinerário, Orientação "grosseira", ou detalhada, a azimute ou contar passos, etc.
A TÉCNICA NO PONTO DE ATAQUE
Desde o ponto de ataque até ao posto de controlo deve-se progredir devagar a ler o detalhe do terreno e tendo em atenção a descrição do posto de controlo. Se não encontrar o ponto de controlo à primeira tentativa evitar os deslocamentos desordenados e procurar outras referências que sirvam como 2º ponto de ataque.
Ao avistar o posto de controlo e antes de "picar" o cartão preparar o postos de controlo seguinte determinando a direcção de saída e se possível também a escolha do itinerário.
TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO COMPETITIVA
Focaremos de seguida, algumas técnicas utilizadas pelos orientadores facilitadoras das estratégias de tomada de decisão:

  • Pontos (ou linhas) de referência - são acidentes do terreno artificiais ou naturais, que num percurso parcial (entre dois pontos de controlo), são paralelos ou acompanham a direcção geral da opção.

Os caminhos ou carneiros são os pontos de referência mais fáceis de localizar.  Contudo, quando estes não existem, os rios, limites de vegetação, muros, linhas de alta tensão ou as curvas de nível, entre outros, podem desempenhar essa função.
Opções que, em percursos parciais utilizem pontos de referência, podem ser rápidas e relaxantes em termos psicológicos para o orientador, porque lhe transmitem segurança na direcção que escolheu e permitem-lhe o aumento da velocidade, sem grandes preocupações com a leitura do mapa ou utilização da bússola, a fim de verificar o seu posicionamento no terreno.

  • Pontos (ou linhas) de segurança - muitas vezes, a opção não depende só de uma direcção considerada correcta, mas também de até onde se deve seguir essa direcção.  Os pontos de segurança, são elementos lineares do terreno que cruzam paralela ou perpendicularmente o sentido da progressão, podendo conduzir o orientador ao posto de controlo ou às imediações deste, ou mesmo ao ponto escolhido como ponto de ataque.

A utilização destes pontos, permite deslocamentos rápidos, com pouco trabalho de carta e de bússola.  Frequentemente, esta estratégia é utilizada quando o orientador é confrontado com um campo aberto de progressão fácil.

  • Linha de paragem - é um elemento linear do terreno, perpendicular ao sentido de progressão e situado depois do ponto de controlo. É idêntica à linha de segurança, diferindo apenas na sua localização.

Esta estratégia, pode ser utilizada quando na zona da baliza existem poucos ou nenhuns pontos de referência, permitindo assim ao orientador saber se ultrapassou ou não a baliza desejada, recolocando-se no terreno.

  • Ponto de ataque - é um acidente do terreno característico e perfeitamente definido, próximo da baliza desejada e de onde se pode, com segurança, iniciar uma Orientação precisa até ao ponto de controlo.  O deslocamento para este ponto de ataque, normalmente é feito o mais rápido possível e ao atingi-lo, geralmente o orientador desloca-se com alguma precaução para a baliza.
  • Ponto característico - é um acidente de terreno bem definido no mapa e susceptível de ser referendado com relativa facilidade no terreno, sem margem para erro.  Por exemplo: cruzamento de caminhos, bifurcação de linhas de água, casas, ruínas, limites de vegetação, etc.
  • Desvio propositado - Consiste na introdução de um azimute de segurança que se toma entre dois pontos não coincidindo com a menor distância entre eles, prevendo um desvio para a esquerda ou direita do ponto de controlo seguinte, que deve ser tomado logo à partida do ponto de controlo anterior e permite ao atleta saber de que lado se encontra no acidente de terreno em relação à baliza desejada.

O desvio propositado é feito quando o ponto de controlo se situa num acidente de terreno cuja dimensão predominante é o comprimento, tal como linhas de água, caminhos, lagos, etc. e é mais rápido e seguro descair deliberadamente para um dos lados.  Nestes casos, não é suficiente atingir-se o acidente de terreno mas também ter-se a certeza de onde se está ao longo do mesmo, de modo a serem evitadas perdas de tempo com a procura do ponto de controlo.

  • Azimute - esta é a técnica que permite determinar direcções.  Consiste na Orientação do mapa pela bússola: através da direcção do norte magnético, o orientador calcula a direcção que pretende seguir.  Deste cálculo, obtém a indicação do ângulo onde se encontra a baliza.

O cálculo do azimute, é feito através do "método 1-2-3":

  • Coloca-se o bordo da bússola sobre o mapa de forma a fazer a ligação em linha recta do ponto de partida (por ex. ponto 1) ao ponto de chegada (ponto 2).

Durante as próximas etapas, a bússola deve ser mantida nesta posição.

  • Roda-se o limbo da bússola de forma a que o norte magnético fique paralelo aos meridianos indicadores do norte magnético no mapa.
  • Roda-se o mapa e a bússola ao mesmo tempo de modo a que a agulha magnética se enquadre correctamente na direcção norte-sul.

A direcção do ponto de chegada, é a indicada pela seta que se encontra na base da bússola

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António Marcolino 916897327